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Publicado em: 18/03/2021

Março, Mês da Mulher – CEI | UFRGS

Nesse mês da mulher, uma homenagem à todas as mulheres do Centro de Empreendimentos em Informática da UFRGS, que desempenham suas tarefas com toda a dedicação e fazem da nossa incubadora um lugar melhor.

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Março é o Mês Nacional da História da Mulher, sendo 8 de março o Dia Internacional da Mulher. Essa informação levanta uma questão: porque a data é comemorada em março se elas são importantes o ano todo? A resposta envolve um contexto histórico de luta pelos direitos femininos.

No início, a luta das mulheres estava ligada à questão de desigualdade salarial. Essa batalha seguiu por outros direitos das mulheres na sociedade e também contra a violência e o machismo.  Por isso, a história que envolve o dia 8 de março, marca uma série de acontecimentos de mobilização política ao longo do século XX.

O principal deles foi o incêndio que ocorreu no dia 25 de março de 1911, em Nova York, na fábrica de tecidos Triangle Shirtwaist Company. Mais de 140 mulheres morreram devido às inadequadas instalações elétricas e as péssimas condições de trabalho. A partir daí, vários movimentos em busca de concessão de direitos trabalhistas e eleitorais para as mulheres ocorreram nos EUA e Europa no século XIX.

Somente em 1975, a ONU oficializou a data como o Dia Internacional da Mulher, sendo o ano de 75 declarado como o Ano Internacional das Mulheres contra as desigualdades e discriminação de gênero em todo o mundo.

Para homenagear e contar um pouco sobre a história das mulheres que fazem e acontecem no CEI, convidamos 7 mulheres para um bate-papo descontraído, tratando de assuntos referentes ao universo delas. Fizemos perguntas variadas para todas, entrevistando professoras, estagiárias, funcionárias e empreendedoras do nosso Centro.

Luciana Nedel

1-Luciana

A nossa primeira entrevistada foi a comandante da nossa equipe, a Profa. Luciana Nedel, atual diretora do CEI desde 2017 e professora titular no Instituto de Informática da UFRGS, onde trabalha desde 2002 desenvolvendo atividades de pesquisa, ensino, extensão e administração acadêmica. Tem toda a sua formação na área da computação (graduação, mestrado e doutorado) e desenvolve pesquisa nas áreas de realidade virtual, UX e visualização de dados.

1) Como é trabalhar em um ambiente empreendedor sendo mulher?

A vida de um pesquisador é, a priori, fundamentada em criar, inovar, ter novas ideias e trabalhar duro para colocá-las em prática. Empreender não é tão diferente. É viver em um grande laboratório, experimentando, acertando e errando, corrigindo os rumos e começando outra vez. Também pressupõe muita troca, networking e trabalho em rede com pessoas que preferencialmente não tem o mesmo background. Empreender é nunca estar parado, não conhecer zona de conforto e nosso trabalho no CEI é ajudar e estimular os empreendedores a buscar outras visões. E é na diversidade que encontramos novas ideias. Trabalhar em um ambiente com essa abertura de visão é muito estimulante! Ainda que o ambiente seja majoritariamente masculino, sinto que a abertura de espírito nos faz sentirmos todos iguais. Mas diferentes…

Quelen Gambatto

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A nossa segunda entrevistada foi Quelen Gambatto, formada em Gestão de Recursos Humanos que atua como técnica-administrativa no CEI.

1) Para você, como é trabalhar em um ambiente empreendedor sendo mulher?

Para mim, trabalhar no ambiente empreendedor é uma constante aprendizagem. Observo que a motivação e a energia do empreendedor estão sempre em alta e como mulher, ver mais mulheres assumindo papéis de protagonismo no mundo dos negócios é inspirador.

Savanah Rocha

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Continuando as entrevistas, convidamos a bolsista do CEI e estudante de Engenharia Civil na UFRGS, Savanah Rocha.

1) Para você, como é trabalhar em um ambiente empreendedor sendo mulher?

É extremamente desafiador, mas essa experiência vem sendo muito gratificante. Tenho muita sorte de fazer parte de um espaço que valoriza a todos independente do gênero, onde existe muita abertura para debater ideias e onde posso me desenvolver ainda mais como profissional.

Aline Poulsen

4-Aline

Entrevistamos também a empreendedora e mãe da Ana Júlia e do João Vítor, Aline Poulsen. Arquiteta e pós-graduada em Arquitetura Comercial e MBA em Arquitetura de Luxo, vivenciou a experiência de divórcio com guarda compartilhada, cheia de dificuldades de comunicação, viu a oportunidade de empreender com a Zelle e ajudar as famílias no cuidado dos filhos.

1) Para você, o que é empreender sendo mulher?

Empreender sendo mulher na área de tecnologia tem sido desafiador e bastante recompensador. É acreditar na própria capacidade e desenvolver habilidades múltiplas de tentar equilibrar da melhor forma possível as responsabilidades da empresa, da vida pessoal e da maternidade. E hoje, ver que sou capaz de me reinventar, fazer meu sonho se transformar em realidade e enxergar que posso fazer a empresa crescer é a maior satisfação que poderia ter.

Marília Rochedo

5-Marilia

Prosseguindo na entrevista com as empreendedoras do CEI, fizemos a mesma pergunta para a Mestre em Ciência da Computação pela UFRGS, Marília Rochedo, COO da Zelle. Hoje, além da Zelle, ela é gerente de produtos na Dell e mãe do Pedro, de 2 anos.

1) Para você, o que é empreender sendo mulher?

Empreender sendo mulher é ao mesmo tempo desafiador e recompensador. O desafio começa com a predominância masculina, principalmente ao empreender na área de TI. Isto muitas vezes desencoraja mulheres no início da jornada. Além disso, a mulher ainda precisa conciliar o tempo para seu negócio com o cuidado com a família, a casa, e até mesmo uma dupla jornada de trabalho.

Empreender também é um aprendizado constante não apenas para o negócio em si, mas também para a vida. Superar cada desafio e celebrar cada conquista compensa cada dificuldade e motiva para seguir em frente, transformando o projeto de uma ideia em um produto inovador.

Natália Portela

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Entrevistamos também a Advogada, aluna de Ciências Contábeis da UFRGS e fundadora da Praxi, Natália Portela.

1) Para você, o que é empreender sendo mulher?

Empreender sendo mulher é um aprendizado constante, uma vez que precisamos saber de tudo um pouco e adentrar a áreas de estudo majoritariamente masculinas. É um desapego, pois acabamos abrindo mão de cuidarmos de nós mesmas para atender aos outros e a empresa. E é, além de muitas outras coisas, um orgulho, já que estamos em minoria neste ecossistema, mas somos igualmente capacitadas para construir soluções que mudem a vida das pessoas.

Manuella Fagundes

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Para finalizar o ciclo de entrevistas, chamamos a engenheira cartógrafa, mestre em sensoriamento remoto e doutoranda no PPGSR da UFRGS, Manuella Fagundes. Ela é empreendedora na TideSat, pré-incubada no CEI.

1) Para você, o que é empreender sendo mulher?

Empreender sendo mulher é inovar unindo autoconfiança, força, coragem, intuição e sensibilidade. É superar os desafios, buscar o sucesso e lutar pela igualdade.