Fonte: IEEE 802.17 (2005)
As máquinas de estado podem ser representadas em formato tabular. A tabela é organizada em duas colunas: na coluna da esquerda estão listados todos os estados possíveis da máquina de estado e todas as condições (para cada estado) que possibilita transições desses estados para outro qualquer; na coluna da direita estão listados todos os possíveis estados de destino assim como as ações a serem executadas em caso de transicionar para aquele estado destino. A sintaxe das expressões segue o padrão da linguagem C e não existe um tempo associado com as transições.
Na Figura abaixo é apresentada uma máquina de estados onde os estados estão representados por circulos, as condições de transição estão representadas por expressões em verde e as ações associadas às transições estão representadas em vermelho.
Essa mesma máquina de estados pode ser representada em formato tabular, conforme aparece na tabela abaixo.
Cada combinação de estado atual, próximo estado e condição de transição corresponde a uma linha da tabela e é identificada por um número. Cada linha da tabela, quando lida da esquerda para a direita, fornece o nome do estado atual, a condição que pode causar uma transição do estado atual, a ação a ser executada (se a condição for verdadeira) e o estado de destino da transição. Note o símbolo "—" que aparece na coluna das ações. Esse símbolo indica que essa transição não tem uma ação correspondente.
Nessa representação, caso nenhuma das condições seja verdadeira, a máquina de estados permanece no estado atual. Essa condição (se não houver nenhuma condição que seja verdadeira) é chamada de condição padrão (default) e é considerada verdadeira sempre que todas as outras são falsas. Se fosse necessário apresentar, explicitamente, as condições padrões, a Tabela 2 deveria ser alterada para a forma apresentada na Tabela 2. Note o símbolo "—" que aparece na última condição da lista de condições de cada estado.
Finalmente, as condições são verificadas na ordem em que são escritas, ou seja, de cima para baixo. Assim, a primeira condição que for verdadeira será aquela que corresponderá a transição a ser executada. Dessa forma, percebe-se porque a condição default é a última na lista de condições de cada estado.
Não esquecer que vale a regra de que, em caso de não haver condição verdadeira, a máquina deve permanecer no estado atual. Assim, em geral, quando a transição default corresponde a permanecer no estado, pode-se não indicá-la.
O início da operação da máquina de estados é, sempre, o estado de nome "START", mesmo que este não esteja no início da tabela.
Para completar a descrição da máquina de estados, pode-se acrescentar ao final da mesma uma série de descrições textuais onde as várias condições e ações serão comentadas. A numeração que aparece em cada linha da tabela serve para facilitar a referência no texto às condições e ações que formam a máquina de estados.
O estado de nome RETURN é sempre um estado de destino (não aparece na coluna do estado atual). As máquina que têm esse estado como "próximo estado" devem ser "chamadas" por outras máquinas de estado.
Quando o estado RETURN é alcançado, a máquina de estados encerra sua execução e deixa de existir. Essa máquina só voltará a existir se for chamada em outra oportunidade. Notar que não fica nenhum tipo de informação de uma execução para a outra: não existem variáveis estáticas (persistentes) que "sobrevivam" ao encerramento e reinicialização.
Da mesma forma que foi explicado anteriormente, o estado de inicio dessas máquinas de estado também é o START.