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Nessa página, encontra-se algumas considerações gerais sobre os estudos de pós-graduação no Instituto de Informática.

Fazer um mestrado no PPGC da UFRGS sob minha orientação

Antes de mais nada, parabéns pela idéia de fazer mestrado. Eu tenho absoluta certeza que será um grande trunfo em sua formação. Isso dito, têm alguns detalhes e avisos que quero lhe precisar, até para evitar ambigüidades na hora de começar um mestrado comigo.

Eu não enxergo o mestrado como apenas uma especialização, e sim como uma formação à pesquisa e ao ensino superior. Lembre-se que, com mestrado, você passa a poder lecionar em universidades. Para obter o título de mestre pela UFRGS, no PPGC, você deverá ter pelo menos submetido um artigo de pesquisa num lugar referenciado (conferência ou periódico), muito provavelmente em inglês. Isso necessita um trabalho profundo de pesquisa, de reflexão, de implementação e de validação científica de seu trabalho, além de uma certa habilidade em formatar suas idéias pela escrita, e em expô-las em público para tê-las criticadas.

Imagina-se frente a 30 pessoas desconhecidas, expondo em inglês sua contribuição para convencê-las que realmente tem interesse em seu trabalho. Imagina-se estando trabalhando em sua sala, e ter um Europeu que chega e quer conversar com você de seu programa, em inglês, alemão ou francês. Essa é a meta. Essa é a realidade semanal dos nossos alunos de pós-graduação — sem mencionar as aulas, as reuniões de grupo, o trabalho em equipe com outros mestrandos, doutorandos, professores e bolsistas de Iniciação Científica, etc.

Por esses motivos, precisa-se não apenas de uma ótima formação em Computação, mas também de capacidades em inglês, em comunicação, na escrita. É necessário ter uma certa autonomia e criatividade, pois os trabalhos não são mais respostas a perguntas pre-estudadas. Antes pelo contrário, faz parte deles imaginar tanto a pergunta como a resposta, ou as respostas possíveis. Você vai provavelmente estudar um ano apenas para formular a pergunta que será seu mestrado. É um processo um tanto pouco destabilizador.

Um critério muito importante, posto isso todo, é a motivação. Tem que se querer fazer pesquisa para encarar um estudo demorado de várias áreas, sem se saber exatamente de antemão aonde se irá chegar. Outro fator primordial é o tempo: não se pode mais fazer mestrado, na altura que se quer no PPGC, sem se dedicar plenamente ao curso.

Além dessa postura geral, se você quiser fazer mestrado comigo, deverá ser numa área onde tenho competência e onde meus outros alunos estão trabalhando — ninguém mais faz pesquisa sozinho. Pesquisa é atividade de grupo. Descrevi minha pesquisa nessa página. Está em inglês, não tem versão em português e é proposital. Se você estiver interessado em falar comigo de mestrado, primeiramente você deve ler essa página e provavelmente recuperar alguns dos artigos nela mencionados para ver se você entende e está querendo contribuir nessa área. Sugiro também consultar as páginas de meus orientandos. Mandar-lhes um email para também ter a opinião pessoal deles a respeito do trabalho no PPGC só pode ajudá-lo a saber melhor o que você quer fazer. Por fim, ler a publicação de um aluno de mestrado pode lhe mostrar melhor o tipo de coisas que você deverá entregar daqui a um ou dois anos.

Não esqueça de consultar a página do PPGC. Em especial, você deve olhar:

  1. o regimento, com os direitos e deveres do aluno, em particular do bolsista. É fundamental entender que o bolsista deve ter dedicação exclusiva a seu trabalho de pesquisa. Isso é importante legalmente, mas sobretudo do meu ponto de vista de orientador em função da qualidade exigida no PPGC. É simplesmente impossível atingi-la sem a dedicação total à pesquisa nesses dois anos.
  2. o cronograma de disciplinas.
  3. o cronograma de entrega de documentos: inscrição, PEP, semana acadêmica, etc.

Fazer um doutorado no PPGC da UFRGS sob minha orientação

Todas as considerações que fiz acima para mestrandos se aplicam mais ainda a doutorandos. Em especial, consulte as páginas sobre minha pesquisa e sobre meus orientandos para ver os trabalhos que estamos fazendo.

O ingresso em doutorado se faz em fluxo contínuo: você pode tentar a qualquer momento no decorrer do ano letivo. No entanto, o preparo da proposta de tese costuma levar alguns meses, sobretudo se não houve interação no mestrado com o orientador. O processo de ingresso envolve uma entrevista com uma banca (independente do orientador). Um critério imprescindível será publicações baseadas no mestrado. Quanto mais importantes as publicações, melhor; no entanto, será considerado o fato de que não se espera também “Turing Award” de um mestrado.

Existem boas opções de bolsa em nosso programa de pós-graduação. Isso garante e necessita a dedicação exclusiva à pesquisa, durante os 4 anos do doutorado. Pessoalmente, eu apoio totalmente essa exigência. Ao meu ver, não se pode mais fazer um doutorado com as exigências de qualidade do nosso programa de pós-graduação (nível 6 na CAPES) sem dedicação exclusiva. Em particular, ter que lecionar além do doutorado quase sempre impossibilita a liberdade necessária à reflexão do doutorando. O valor das bolsas tem aumentado nesses últimos anos, e se pode verificá-lo no site da CAPES.

Uma caraterística do nosso programa de nível 6 é que ele é considerado internacional. Em especial, em nosso grupo de Programação Paralela e Distribuída, a prática de sanduíche tem sido muito comum. Quase todos os doutorandos do grupo estudaram pelo menos um ano no exterior (na França, na Alemanha, nos EUAs, em Portugal…). A tendência, nesses últimos anos, tem sido na dupla-diplomação, ou co-tutela, com uma universidade estrangeira. Consideramos isso como muito positivo — sem dúvida um doutorando deve estar preparado para encarar o aspecto cada vez mais internacional da pesquisa. Inglês bom é obrigatório.


Fri Apr 02 16:48:12 -0300 2010