Nos dias 22, 23 e 24 de outubro, com a presença de 150 participantes, aconteceu no INF a III Escola de Computação Avançada, promovida Programa de Pós-Graduação em Computação (PPGC), que tem como objetivo possibilitar a caminhada conjunta dos participantes para com os avanços da computação ao contemplar, em exposições e workshops, temáticas como computação de alto desempenho, segurança cibernética e as diversas aplicações de Inteligências Artificiais (IAs).
No primeiro dia, a palestra técnica “Modelos de fronteira, SLMs e o futuro da IA”, ministrada por Daniel Gandolf (GenAI Advisor) e Paulo Kunzel (APEX Product Manager), marcou a abertura do evento com uma fala sobre os avanços da Oracle.
Após, o dia contemplou os participantes com dois workshops realizados em laboratório, sobre Computação de Alto Desempenho (HPC) para IA, que abordou como aplicações em HPC (programação paralela, por exemplo) contribuem para IA, e sobre a Oracle APEX e os recursos de IA, que abordou a aplicação de modelos de linguagem pré-treinados em dados exclusivos.
O segundo dia de ECOA teve início com a palestra “A Computação precisa abandonar os dados para Evoluir? Inteligência Artificial Usando Luz”, ofertada pela Telus e ministrada por Maurício Gomes de Queiroz, sobre a “plataforma pós-eletrônica das Redes Neurais”, que realiza a aceleração de hardware com cálculos à base de luz, ao invés de eletricidade, com o objetivo, por exemplo, de diminuir a dissipação de calor.
Após, a palestra “Processamento de linguagem natural e visão computacional: uma abordagem integrada”, ministrada por Claudio Jung, Dennis Baldeira e Viviane Moreira, trouxe conceitos basilares de Processamento de Linguagem Natural (PLN) e Visão Computacional (VC), que possibilitaram a conexão das duas áreas através de Transformers e Visual Language Models (VLMs).
A fala seguinte, “LLMs de baixa energia para geração de código”, ministrada por Luigi Carro, apresentou alternativas para Grandes Modelos de Linguagem (LLMs) por meio de software local que recupera e integra APIs existentes, ao invés de produzir códigos linha por linha.
Na sequência, ofertada pela Int6 Tech e ministrada por Rodrigo Guimarães Orique, a palestra técnica “Inovação e Sucesso: A Ponte entre a Academia e o Mercado” trouxe a aplicação prática do conhecimento tecnológico no impulsionamento da carreira profissional.
A palestra “Desafios da Robótica Móvel: Entre o Futuro Imaginado e a Realidade”, ministrada por Renan Maffei, apresentou uma linha histórica dos avanços na robótica móvel, rumo aos próximos passos para autonomia de robôs em realidades práticas.
“Human in the loop: a nova era da engenharia de software”, ministrada por Karina Kohl e Letícia Machado, pensou como paradigmas emergentes, como o da co-programação e o da engenharia de prompt, contrapõe as noções clássicas de autoria, abstração e validação, com o objetivo de pensar um futuro da engenharia de software ético, adaptativo e profundamente humanizado.
O dia foi finalizado com o painel “Bastidores do Doutorado: Pesquisas e Perspectivas”, moderado por Gabriel Nazar e com a presença de José Henrique Lima Marques, Rafael Oleques Nunes, Júlia da Rocha Junqueira e Letícia dos Santos, que compartilharam suas trajetórias acadêmicas, inspirando reflexões sobre o doutorado em computação como opção de carreira na academia ou na indústria, ao dialogarem sobre as estratégias que adotaram para equilibrar vida acadêmica e pessoal.
O terceiro dia teve abertura com a palestra técnica “Cyber Security – É mito ou é Fato?”, ofertada pela InfraTI e ministrada por Walker Garcia, que trouxe a explicação do conceito de cyber security e a questão de crimes digitais de Hackeamento, suas motivações, tipos e como agir perante essas ocorrências.
Após, a palestra “O que métodos alternativos para treinar redes neurais podem revelar”, ministrada por Bruno Iochins Grisci, apresentou uma possibilidade de treinamento de redes neurais inspirada na evolução biológica, que não utiliza gradientes, e como o método pode influenciar o aprendizado da rede em relação aos seus erros cometidos e decisões tomadas.
Na sequência a palestra, “Blockchain, Criptomoedas e Smart Contracts: Fundamentos e Perspectivas de Pesquisa”, ministrada por Éder J. Scheid, trouxe como conceitos consolidados na computação, como redes Peer-to-Peer (P2P), criptografia e algoritmos de consenso e blockchains, têm sido utilizados no âmbito das criptomoedas e em smart contracts (contratos digitais autoexecutáveis) que realizam rastreabilidade logística, auditoria digital, votação eletrônica e serviços públicos.
A palestra técnica “Inteligência Artificial e Soberania na Era do Compute”, ofertada pela WideLabs e ministrada por Rodrigo Mor Malossi, trouxe a questão da IA e da soberania no contexto geopolítico global, com aplicação no controle jurídico e técnico sobre dados, modelos e infraestrutura, a partir de casos reais do setor público brasileiro.
“Reinforcement Learning e a Era da Experiência”, ministrada por Lucas N. Alegre, trouxe o método de Aprendizado por Reforço (RL, do inglês Reinforcement Learning), que objetiva o desenvolvimento de tomadas decisivas sequenciais para o ensino de máquinas, além de perspectivas da chamada “Era da Experiência”, que representa a transição da necessidade de dados humanos para IAs capazes de aprender de forma autônoma.
A palestra seguinte, “Como transformar a sua pesquisa em um negócio e fazer a diferença para a sociedade”, ministrada por Luciana Nedel e Erika Cota, trouxe possibilidades para a transformação de pesquisas na área de Computação em negócios Deep Tech (inovações de base científica com alto potencial de impacto), a partir de exemplos reais. Ademais, ferramentas como TRLs, Design Thinking e Lean Science Canvas foram apresentadas com o objetivo de auxiliar a estruturação da transição do laboratório ao mercado, e alternativas de pesquisas que enfrentam desafios socioambientais complexos foram dialogadas.
O evento teve encerramento com o painel “Os Impactos da IA Generativa nas Atividades do Profissional de Computação”, moderado por Claudio Jung e com a presença de Luigi Carro, Lucas Nunes Alegre e Karina Kohl, que trouxe diferentes aspectos sobre as implicações, facilidades e limites, desse tipo de Inteligência Artificial, que cria a partir de dados existentes, para pensar o futuro desempenho das profissões que as utilizam.
Foram dias de escuta, trocas, preciosas questões curiosas e networking.
Agradecemos a todxs pela presença e engajamento, e também às empresas MBOCHIP, Dell, InfraTI, APRIX, Widelabs, Int6, Nelogica e Telus pela parceria! Nos vemos em 2026!