Português English
Contato
Publicado em: 12/12/2012

INF-UFRGS, Temporada UKBrasil e Consulado Britânico apresentam Quebrando o Código

O Instituto de Informática da UFRGS, a Temporada UKBrasil e o Consulado Britânico apresentam a leitura dramatizada da peça “Quebrando o Código” de Hugh Whitemore, baseada no livro “Alan Turing, O Enigma” (A. Hodges), com direção de Plinío Mósca, e tradução do prof. Marcelo Walter.
O evento acontece hoje, dia 12, quarta-feira, às 20h, na Sala Álvaro Moreira. Com entrada franca e distribuição de senhas a partir das 19h.

Instituto de Informática – UFRGS
Temporada UKBrasil e Consulado Britânico

apresentam

Quebrando o Código
De Hugh Whitemore
Baseado no livro “Alan Turing, O Enigma” (A. Hodges)
Direção Plinío Mósca
Tradução Marcelo Walter
12 de Dezembro 2012 – Sala Alvaro Moreira – 20h

Contexto
Em 2012 o mundo celebra o centenário de Alan Mathison Turing (1912-1954), matemático e gênio britânico considerado por muitos o “pai da computação”. Além das contribuições na área de computação, Turing liderou o esforço de inteligência britânico para decodificação das mensagens alemãs codificadas com a máquina Enigma. Estima-se que o sucesso deste trabalho tenha encurtado a guerra em 2 anos e salvo milhões de vidas. Dentro do espírito das comemorações mundiais, de ampliar o conhecimento sobre Turing e o reconhecimento da sua importância, o Instituto de Informática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul está realizando uma série de eventos para celebrar este centenário. Como parte das comemorações na Universidade Federal do Rio Grande do Sul temos o prazer de oferecer esta leitura dramatizada da peça “Quebrando o Código”. Este evento faz parte da temporada UKBrasil – uma série de eventos dinâmicos e envolventes no Brasil, projetados para mostrar o que há de melhor do Reino Unido nas áreas de negócios, cultura, ciências e inovação.

Ficha Técnica

Autor
Hugh Whitemore é um dramaturgo e roteirista Inglês que estudou teatro na Royal Academy de Londres de Arte Dramática, onde ele é agora um membro do Conselho. As peças de Whitemore com frequência se concentram em figuras históricas. O trabalho mais conhecido de Whitemore na forma de uma biografia encenada é a peça “Quebrando o Código” que é centrada em Alan Turing. Este trabalho foi adaptado como um filme para a televisão em 1996.

Diretor
A direção da leitura dramática estará a cargo de Plínio Mósca. Plínio Mósca, nascido no Rio de Janeiro e criado em Brasília, é diretor e professor de teatro. Foi aluno de Dulcina de Moraes e estudou Direção Teatral no Théâtre National de Marseille de 1982 a 1986. Dirigiu A exceção e a regra, de Brecht, no Festival Entepola em Santiago do Chile e no Festival Ibero-americano de Copiapó, no Chile e Dansen, de Brecht, no Festival de Teatro Latino-americano de Ovalle – Chile, no Festival Internacional de Teatro de Punta Arenas – Peru e no Festival Intinerante y Encuentro de Teatro Popular FIETPO, em Lima – Peru. Vem apresentando, em diversos pontos culturais da cidade, o Ciclo de Leituras Dramatizadas de Bertolt Brecht. Pratica voluntariado como diretor e professor de teatro junto às ONGs Parceiros Voluntários e A.M.A.R. A VIDA.

Elenco
Andreza C.R.
Bruno Lima
Carolina Abbud
Helena Brentano
Juliana Minho
Luis Eduardo
Mari Pacheco
Natasha Centenaro
Neusa Rossi
Priscila Lourenzo
Rosa Maria Antunes
Tatiana Rodrigues
Thiago Motta
Verônica Loreto
Vicente Mello
Vinicius Braga
Zé Vinny Bravo

Triha Sonora
moisheleh é músico e compositor que tem em seu histórico desde trabalhos tributos a músicas autorais, dedicando-se à sua profissão há 20 anos. Com várias influências desde o clássico, jazz ao rock, moisheleh aborda em suas músicas questões existenciais, sociais e humanas da nossa sociedade com uma boa dose de humor e realismo. Observador, crítico dos fenômenos sociais e políticos, tem uma percepção muito aguçada. Em suas composições procura externar sua visão de mundo e do universo no qual está inserido. Para isso usa como ferramenta a arte; com o objetivo de possibilitar às pessoas momentos de reflexão, discussão cultural, e o prazer da execução de melodias bem elaboradas. Visite sua página no myspace: www.myspace.com/moisheleh

Mini-Biografia de Alan Turing

Nascimento
23 Junho 1912
Maida Vale, Londres, Inglaterra

Morte
7 Junho 1954 (41 anos)
Wilmslow, Cheshire, Inglaterra

Alan Mathison Turing foi um matemático britânico, lógico, criptoanalista e cientista da computação. Ele foi muito influente no desenvolvimento da ciência da computação, dando uma formalização dos conceitos de “algoritmo” e “computação” com a máquina de Turing, que pode ser considerado um modelo de um computador de uso geral. Turing é amplamente considerado o pai da ciência da computação e inteligência artificial.

Turing estudou no King’s College em Cambridge de 1931-34 e fez seu doutorado em Princeton durante os anos de 1936-38, sob orientação do matemático Alonzo Church. Durante a Segunda Guerra Mundial, Turing trabalhou para o “Government Code and Cypher School” (Escola Governamental de Códigos e Cifras) em Bletchley Park, no centro da Grã-Bretanha. Por um tempo ele foi chefe da seção responsável pela criptoanálise naval alemã. Ele planejou uma série de técnicas para decifrar códigos alemães, incluindo o método da Bombe, uma máquina eletromecânica que poderia encontrar soluções para a máquina de codificação alemã chamada Enigma. Pelo seu trabalho durante a guerra Turing recebeu a medalha da Ordem do Império Britânico.

Após a guerra, Turing trabalhou no Laboratório Nacional de Física, onde criou um dos primeiros projetos para um computador de programa armazenado, o ACE. Em 1948, ele se juntou ao Laboratório Max Newman de Computação na Universidade de Manchester, onde ajudou no desenvolvimento dos computadores Manchester. Em 1950, na revista filosófica Mind, Turing propõe uma argumentação teórica para responder à pergunta se as máquinas podem pensar. Esta argumentação ficou conhecida como “Teste de Turing”, e resultados de competições atuais mostram que os programas de Inteligência Artificial estão cada vez mais próximos de passar neste teste.
Mais para o fim de sua vida, Turing tornou-se interessado em química. Escreveu um artigo sobre a base química da morfogênese e previu as reações químicas oscilantes como a reação Belousov-Zhabotinsky, que foram observadas pela primeira vez na década de 1960.

A homossexualidade de Turing resultou em um processo criminal em 1952, quando os atos homossexuais ainda eram ilegais no Reino Unido. Ele aceitou o tratamento com hormônios femininos (castração química) como uma alternativa para a prisão. Turing morreu em 1954, apenas duas semanas antes de seu aniversário de 42 anos, a partir de envenenamento por cianeto. Um inquérito determinou que sua morte foi suicídio. Sua mãe e alguns outros acreditam que sua morte foi acidental. Em 10 de Setembro de 2009, após uma campanha na Internet, o primeiro-ministro britânico Gordon Brown fez um pedido oficial público de desculpas, em nome do governo britânico para “a forma como ele foi terrivelmente tratado”. Desde maio de 2012, está tramitando uma lei perante a Câmara dos Lordes, que se promulgada, concederá a Turing um perdão legal.

Desde 1966, o prêmio equivalente ao Nobel da Computação leva o nome de Turing. A ACM (Association for Computing Machinery), a maior sociedade científica da área de computação, concede o Prêmio Turing para contribuições técnicas ou teóricas por cientistas da comunidade de computação. Este prêmio, acompanhado por um valor em dinheiro de 250 mil dólares, é amplamente considerado como a maior honra do mundo da computação, equivalente ao Prêmio Nobel.

Em 1950, numa carta ao colega N. A. Routledge após o processo criminal por indecência grave, Turing escreveu:

Turing believes machines think (Turing acredita que as máquinas pensam)
Turing lies with men (Turing dorme com homens)
Therefore machines do not think (Portanto, as máquinas não pensam)

Talvez neste silogismo às avessas Turing expressa com profunda ironia a sua visão do mundo e de si mesmo.