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Publicado em: 18/01/2021

Projeto PeTwin

UFRGS e Universidade de Oslo unem esforços com grandes empresas mundiais de petróleo no desafio da digitalização desta indústria.

A Professora do Instituto de Informática Mara Abel, que faz parte do Grupo de Pesquisa Sistemas de Computação para E&P de Petróleo, encabeçou junto com os Professores João Cesar Netto, João Comba, Karin Becker, Juliano Wickboldt e Joel Carbonera o projeto PetWIN, inscrevendo-o por meio da chamada pública conjunta entre financiadora de estudos e projetos (FINEP) e o conselho norueguês de pesquisa (RCN), cofinanciados pelas empresas Petrobras, Shell Total, CNN e CNOC , que compõem o consorcio de Libra no Brasil e Shell Equinor norueguesas.

Esta chamada publica contemplou a mais importante meta da década para a indústria:  a completa digitalização do processo produtivo em gêmeos digitais que permitem simular todas as condições de produção de uma planta de petróleo.  O Grupo de Pesquisa Sistemas de Computação para E&P de Petróleo do INF-UFRGS e o Sirius Lab da Universidade de Oslo (UiO) responderam este desafio com a proposição deste projeto inovador.

O projeto PetWIN tem como foco oferecer uma visão científica e as melhores práticas para a implementação de gêmeos digitais (digital twins) sustentáveis, utilizáveis e de fácil manutenção para o gerenciamento de campo. Simplificando, um gêmeo digital é um repositório de dados associado a um simulador que monitora a operação de uma instalação de produção de petróleo permitindo análise de dados on-line e avaliação preditiva.

O PetWIN abordará os desafios da ciência da computação apresentados por gêmeos digitais por meio da aplicação e desenvolvimento de técnicas de captura e processamento de dados físicos em tempo real, a modelagem conceitual destes dados sob uma visão integrada e a análise de dados.

Embora gêmeos digitais sejam uma tecnologia conhecida para equipamentos industriais, a aplicação de um gêmeo digital para um ativo em produção de petróleo é bastante nova e inovadora em termos de análise integrada de dados.

“Ao reunir diversas empresas de petróleo neste projeto, garantimos que os resultados de nosso trabalho possam ser replicados em diferentes instalações, com diferentes empresas em diferentes países. Pesquisadores do Sirius Lab da Universidade de Oslo e do Instituto de Informática da UFRGS trazem habilidades complementares em informática industrial e modelagem de conhecimento para o projeto” afirma Mara Abel.

Por conseguinte, o projeto capacita a equipe brasileira – pós-doutorandos, doutorandos, mestrandos, alunos de graduação e profissionais – a atuar neste mercado de futuro que de outra forma será atendido integralmente pelas grandes corporações de software de petróleo. Esta equipe está sendo selecionada e será contratada nos próximos dois meses para desenvolver o projeto durante os 40 meses de sua duração.

Mara Abel finaliza, dizendo que “o conhecimento gerado no projeto em relação as práticas e melhores testes de soluções, servirá como um parâmetro em 2024 para a indústria do petróleo e seus fornecedores na utilização de gêmeos digitais melhorados, mais úteis e maiores do que as ferramentas utilizadas atualmente”.