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Publicado em: 23/09/2020

Supermercado do Futuro

Disciplina do INF aborda soluções inovadoras sobre as novas tecnologias para o futuro dos supermercados.

Como você imagina que serão os supermercados do futuro? Tecnologias como sensores de cobrança com ausência de caixas, prateleiras monitoradas por câmeras inteligentes e eliminação de filas são algumas das características dos mercados físicos autônomos. Mas não pense que se trata de algo tão distante, pois, grandes redes já adotaram este tipo de transformação, como o Zaitt em São Paulo, a Amazon Go em Seattle e o Walmart em Levittown, no estado de Nova York.

Pensando em todas as mudanças na rede de varejo, os professores do Instituto de Informática da UFRGS, Luigi Carro, Érika Cota e Leandro Wives planejaram uma abordagem para os alunos da disciplina “Tópicos Especiais em Computação”, onde eles pudessem se conectar com desafios práticos, fáceis de explicar para a família ou alguém não versado em ciência da computação. Foi aí que surgiu o tema “Supermercados Autônomos do Futuro”, explicam os professores.

Os alunos foram desafiados a produzir um programa que recebe como entrada informações de duas câmeras que detecta o que foi retirado da prateleira e debita o valor dos produtos na conta do cliente e no estoque do supermercado. Desta maneira, o cliente reduz o número de ações no ato da compra, eliminando a tarefa de ter que tirar os produtos do carrinho para passar no caixa.

“Este foi o primeiro protótipo, quase motivacional. Pensamos em fazer novas edições para os próximos semestres, contudo, é importante frisar que existem diversas questões que atendem à proposta da disciplina, isto é, problemáticas interessantes do ponto de vista computacional, que tem impacto significativo na vida das pessoas também fora da computação”, dizem Luigi, Érika e Leandro.

Curiosamente, diante da pandemia do novo Coronavírus, supermercados autônomos podem auxiliar nas barreiras de disseminação dos vírus, pois, o fato de não ter filas agilizará as compras, evitando a aglomeração de pessoas. Vale salientar que esta não foi a intenção da disciplina, mas, por coincidência, tornou-se uma solução útil.

Os próximos passos, de acordo com os professores, dependem da maneira como os supermercados e as pessoas se adaptarão aos novos modelos. “São muitos os desafios tecnológicos, como a identificação da retirada de produtos em períodos que a loja estará cheia de clientes e a possibilidade de fraudes, por isso, há um longo caminho a ser trilhado. Este tipo de solução pode ser agregado ao visual merchandising no planejamento de reposição das prateleiras e na previsão de demanda”.

Confira o vídeo explicativo elaborado pelos alunos da disciplina, clicando aqui.