DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS DO ENSINO SUPERIOR
COORDENAÇÃO DAS COMISSÕES DE ESPECIALISTAS DE ENSINO
 
 

COMISSÃO DE ESPECIALISTAS DE ENSINO DE
COMPUTAÇÃO E INFORMÁTICA







1. Breve relato histórico da CEEInf
 

    As Comissões de Especialistas de Ensino foram instituídas pela primeira vez, no Ministério da Educação, através do Dec. 63.338/68. Tinham como finalidade "ampliar a capacidade técnica e executiva do MEC, promovendo estudos, supervisão e assistência às instituições de ensino superior (IES), através de visitas periódicas para observação das instalações, equipamentos, qualificação de docentes, organização didática, padrões de ensino e pesquisa". Em 1985 surgiram o Decreto nº 91.607/85 e a Portaria 706/85 MEC, dando novas atribuições às Comissões de Especialistas de Ensino.
    No início, as Comissões de Especialistas de Ensino, em geral, exerciam um papel secundário nos destinos da formação de recursos humanos pois, seus estudos e propostas eram difíceis de serem implementados.
   Com base na Portaria 181/96 e anteriores,  cabia a SESu/MEC criar as Comissões Verificadoras, formadas a partir de seu corpo de consultores. O corpo de consultores era criado por indicação, sem critérios públicos e transparentes de seleção. As visitas in locotinham como objetivo a "verificação" da exatidão das  informações dadas sobre as instituições e sobre seus cursos, contidas nos processos e a dar "consultoria", ao fazer/sugerir/exigir mudanças no corpo docente, currículo do curso etc. Os relatórios das Comissões Verificadoras descreviam o que era constatado in loco, sem, entretanto, fazer nenhuma crítica ou avaliação para não influenciar aqueles que decidiriam pela autorização/reconhecimento etc. dos cursos. As verificações seguiam um roteiro genérico (formulário) fornecido pela SESu para gerar o relatório de avaliação.  Os  relatórios eram, posteriormente, analisados pela Coordenadoria Técnica da SESu e submetidos ao CFE. Assim, como se observa, as Comissões de Especialistas não entravam no circuito decisório.
    Com o fechamento do CFE, em 1994, as Comissões de Especialistas passaram a assumir a tarefa de dar pareceres de  autorização e de reconhecimentos de cursos, para fins de homologação pelo Ministro. A tarefa de dar pareceres de autorização era realizada, entretanto, somente para cursos que deram entrada no MEC antes do fechamento do CFE. Deve-se registrar, entrementes,  que, com o fechamento do CFE, foi sustada a entrada de novos processos de autorização de cursos. A análise dos processos era muito difícil pois, as informações neles contidas não tinham um formato estabelecido, muitas eram ambíguas, incompletas e irrelevantes e muitas vezes espalhadas nas milhares de  páginas do processo. Contrariada a analisar processos desta forma, a CEEInf resolveu fixar INDICADORES DE QUALIDADE e, para cada um deles,

  • definiu PADRÕES DE QUALIDADE,
  • elaborou, coerentemente com o item anterior, um formulário eletronico para que as IES entrassem, de forma estruturada, com as informações e
  • criou uma metodologia de avaliação.
  •     Assim, a CEEInf conseguiu integrar em um único documento, dando origem a um "instrumento de avaliação ", os três componentes básicos da avaliação. Como existe uma forte relação entre os três componentes , é possível manter sempre a consistência, a coerencia e a completude, entre eles. Tais indicadores e padrões de qualidade , serviram, mais tarde, de modelo para as demais comissões de especialistas.
        Em 1996, o MEC, por dois meses, abriu seu protocolo para dar entrada a autorização de novos cursos. No início de 1997, uma equipe de 25 especialistas de ensino, convidados pela CEEInf, durante uma semana, avaliaram 516 processos, aplicando, já, os padrões de qualidade.
       Criado o CNE, em 1995, foram emitidas, mais tarde,  as Portarias 641/97, 640/97 e 877/97 fazendo referencia a "padrões de qualidade", com o objetivo de "medir" qualidade, e reabrindo, com as duas primeiras, o protocolo do MEC para submissão de novos cursos. Isso representou um enorme avanço pois, as Comissões Verificadoras passaram a "avaliar" os cursos de forma muito objetiva. Já a testa da SESu, em 1997, o Prof. Abílio Baeta Neves,  tendo o Dr. Luiz Roberto de Liza Curi, como Diretor do Departamento de Politica de Educação Superior, autorizou, para a CEEInf, em caracter experimental,  que
  • a visita in locotivesse um caracter, primeiro, de verificação e, depois, de avaliação , quebrando, assim, o paradigma da prestação de  "consultoria", ao mesmo tempo que passou a denominar as Comissões Verificadoras de Comissões de Avaliação;
  • fosse transferida a avaliação dos "projetos" de novos cursos para as Comissões de Avaliação,
  • as IES apresentassem seus dados, para fins de avaliação de seus cursos, segundo o instrumento de avaliação da CEEInf,
  • o corpo de consultores fosse escolhido pela CEEInf, segundo critérios técnicos de qualidade,
  • as Comissões de Avaliação passassem a ser propostas pela CEEInf;
  • os relatórios das Comissões de Avaliação fossem conferidos/revisados pela Comissão de Especialistas para fins de homologação da avaliação , antes de serem encaminhados ao CNE;
  • fosse retirado das Comissões de Avaliação, e repassado à CEEInf, as atribuições de recomendar, ou não, a autorização, o reconhecimento, fixar número de vagas etc. Assim, as Comissões de Avaliação passaram a assumir, exclusivamente, a função de avaliação .

  •     Essas determinações fortaleceram a CEEInf, melhoraram a qualidade e tornaram transparente as avaliações de cursos. Essas atribuições foram, depois, repassadas às demais comissões. Desta forma, pode-se afirmar que as Comissões de Especialistas, em geral, passaram a existir, mesmo, a partir de 1998.
        Em 1998, a Comissão, mantendo o mesmo acronismo (CEEInf), passou a denominar-se de Comissão de Especialistas de Ensino de Computação e Informática, para ser mais fiel aos seus princípios e para manter um paralelo com as as respectivas áreas no CNPq e CAPES.

    No período de março/1999 a maio/2000 a CEEInf

  • concluiu, juntamente com a SESu, pela impraticabilidade da aplicação do Exame Nacional de Cursos, devido ao estado confuso em que se encontram  os cursos da área. Decidiu-se, então, pela renovação do reconhecimento dos cursos antigos, como medida necessária para organização da área de computação e informática, antes da realização do Provão;
  • definiu, por determinação da CES/CNE, uma política de denominações de cursos;
  • elaborou, com a efetiva participação da academia, as Diretrizes Curriculares;
  • realizou dois Encontros dos Consultores do MEC/CEEInf; o primeiro, em Belo Horizonte, em 1998,  e o segundo, no Rio de Janeiro, em 1999;
  • aperfeiçoou seu instrumento de avaliação;
  • recomendou à sociedade os Cursos de Qualidade 1999 e 2000, oferecidos pela SBC
  • ofereceu um serviço de informações, via internet, sobre a área de computação e informática publicando, inclusive, para manter a transparencia de seu trabalho, os relatórios de avaliações de cursos.
  • 2. Histórico de formação das CEEInf

         Em 04 de fevereiro de 1986, pela Port.  092/86, a SESu/MEC criou a Comissão de Informatização das Universidades - COINF. Esta Comissão composta, dentre outros, pelos professores Clésio Saraiva dos Santos/UFRGS, Luiz de Castro Martins/PUC-RJ e Roberto da Silva Bigonha/UFMG, acumulava também as funções da área de ensino, tal como previsto no decreto e portaria já mencionados. Entretanto, face ao acúmulo de atividades no programa de informatização das universidades, não foi possível desenvolver qualquer ação no âmbito do ensino de informática propriamente dito. Além disso, o MEC passou por momentos críticos no período 1988/90 e pouco se fez em relação às Comissões. Pior mesmo aconteceu em 1990 com o advento do novo governo que, em nome da modernização do Estado, revogou toda a legislação, incluindo-se o Dec. 91.607/85 que institucionalizava as Comissões Especialistas de Ensino.
        Em 1992, com inicio da gestão do Ministro Murilo Hingel frente ao MEC e após 5 anos de inatividade, as Comissões Especialistas voltaram a funcionar. Em 1994 o Prof. Pedro Manoel da Silveira/UFRJ, membro da COINF, e o Coordenador das Comissões de Especialistas, Prof. Paulo Roberto da Silva, sensibilizaram o Secretário da SESu Prof. Rodolfo Pindo da Luz a criar a primeira Comissão de Especialistas de Ensino de Informática - CEEInf, em separado da COINF, o que aconteceu através da portaria 161/94 MEC. O Prof. Pedro Manoel, membro natural da nova Comissão, sugeriu ao Secretário o nome  do Prof. Daltro José Nunes/UFRGS para compor  a Comissão e ambos sugeriram  o Prof. Roberto da Silva Bigonha/UFMG. Assumiu a presidência da Comissão o Prof. Pedro Manoel que, no início de 1996, teve de se afastar, recomendando o nome do Prof. Miguel Jonathan para substitui-lo. Assumiu interinamente a presidência da Comissão o Prof. Roberto Bigonha. A Comissão recebeu  reforço do Prof. Antonio Marcos de Aguirra Massola da EPUSP, com vistas a aumentar o espectro de atuação da Comissão. Não podendo se dedicar à Comissão como gostaria, o Prof. Massola, em seguida, pediu afastamento. O Prof. Daltro José Nunes foi eleito para presidir a Comissão em carácter definitivo. Foi recomendado à Profa. Vanessa, Secretária Geral do SESu, o nome do Prof. Claudio Kirner/UFSCAR para substituir o Prof.  Massola. No final de 1996 o Prof. Bigonha afastou-se da Comissão.
    Já à testa da SESu, o Prof. Abílio Baeta Neves resolveu democratizar o processo de escolha dos membros das Comissões de Especialistas o que foi operacionalizado pelo Diretor de Política de Ensino, Dr. Roberto Luiz de Liza Curi, através da Portaria 972/97. Com base nesse processo, foram indicados e escolhidos pelo Secretário os professores Daltro José Nunes, Flavio Bortolozzi, Ricardo de Oliveira Anido,  Ana Carolina Salgado  e Paulo Cesar Masiero para comporem a Comissão de Especialistas de Ensino de Informática, conforme Port. nº 146 de 10/03/98 - MEC para o biênio março/1998 a maio/2000 . A Comissão elegeu o Prof. Daltro José Nunes para sua coordenação. Desde o início, o Prof. Miguel Jonathan foi designado membro ad-hoc da Comissão e eleito Secretario da mesma. O Prof. Paulo Cesar Masiero, considerando o acumulo de trabalho na USP, solicitou desligamento da Comissão ainda em 1998. Já a testa da SESu, o Prof. Antonio Macdowell de Fiqueiredo, designou, pela Portaria 1518/2000,  para o  bienio maio/2000 a maio/2002, a nova Comissão de Especialistas, tendo como membros  Profa. Maria Izabel Cavalcanti Cabral, Prof. Flavio Bortolozzi, Prof. Raul Sidnei Wazlawick e o Prof. Ricardo de Oliveira Anido.  A SESu designou o Prof. Daltro José Nunes,  membro ad-hocda Comissão.
     
     





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